sábado, 21 de janeiro de 2012


You da one** CAPÍTULO 1

Catarina
Sentia-me a como e fosse uma bomba relógio, uma bomba quase a explodir. Era tudo a acontecer ao mesmo tempo, tudo atacava a minha cabeça e o meu coração.
Eu e o meu namorado, tínhamos tido uma discussão, estúpida por sinal mas que levou a que no fim ele me dissesse que não queria mais sofrer, que não me queria mais… Saí porta fora, e mergulhei na enorme multidão de Londres, tentei abstrair-me do que tinha acontecido, mas na minha cabeça ainda ecoavam os nossos gritos e na minha cara começavam já a escorrer pequenas lágrimas.
Estava a caminho do hospital, onde se encontrava o meu pai, que por sinal tinha piorado. O cancro estava a matar o meu pai já a mais de 6 meses, mas ele sempre foi forte o suficiente para resistir e para não me deixar sozinha. Cheguei ao hospital e, tentando esconder o rasto das lágrimas da minha cara, entrei no quarto do meu pai.
Sorriu-me e levantou a mão frágil para me abraçar. Depois de algum tempo de conversa e de carinhos o médico quis falar comigo, dizendo para me preparar para o pior que o cancro tinha evoluído demasiado depressa para o que tinham calculado… A minha cabeça começou a entrar em parafuso, desesperei, despedi – me do meu pai e abandonei o hospital.
Sentia-me perdida e confusa na cidade que conhecia como a palma da minha mão. Naquele momento precisava de um abraço, de um beijo, precisava dele. Ele, que neste momento já não existia… Derramei uma lágrima, e outra e outra.
Para se juntar aquele dia começou a chover e eu sem guarda-chuva e longe de casa, não tive forças para continuar em frente sentei – me no chão com a cabeça apoiada nos meus joelhos. Sentia os meus caracóis a ficarem encharcados, tal como toda a minha roupa.
De repente comecei a ouvir passos largos e fortes a pisarem as poças de água que estavam espalhadas por todo o passeio. Senti uma sombra sobre mim, levantei a cabeça para ver. Tchan! Nada mais nada menos que o ZAYN MALIK. Senti – me estranha e surpreendida comigo mesma, não me sentia nervosa, nem com borboletas na barriga sentia-me triste na mesma, sem entusiasmo e obviamente toda encharcada:
- Estás bem? – Perguntou ele com um olhar perfurante que me causou um arrepio pela espinha.
Olhei para ele com uma cara medonha, com o rímel borrado e a escorrer água dos cabelos, mas só me ri, conseguiu interpretar a minha ironia e retribuiu o sorriso.
- Bem, já percebi que não… Estás toda encharcada!
- Olha quem fala! – Disse – lhe eu acompanhando a gota de chuva que lhe escorria pela cara.
-Sim, eu sei, mas estou perto de casa!
-Sorte – respondi eu, olhando para as minhas calças encharcadas.
-Já percebi que estás longe, por isso anda comigo - respondeu ele sorrindo e estendendo – me a mão, acompanhando com um sorriso ternurento.
-Bem, vou aceitar porque estou cheia de frio e com água por todo o lado – disse eu agarrando – lhe a mão.
Quando me pus de pé a primeira coisa que fiz foi abraça-lo, não por ser o Zayn Malik, mas por estar a precisar. Servia também como um obrigado, pois no meio daquela ‘’tempestade’’ ele tinha conseguido iluminar o meu dia, e pôs-me a sorrir.




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